Dormir. Sonhar?
Já bate a vontade de dormir. Mas é aquele velho medo, admito, clichê. De não querer sonhar. Não quero mais sonhar. Dizem que quando se sonha com alguém, essa pessoa também está sonhando com você. Acredito no contrário. Sonho com ela enquanto ela sonha por sonhar. Tento tirar o peso que carregava em mãos, levar para outro lugar. Por enquanto o deixo na estante, pensando no que posso o transformar.
-x-
Costas
De costas para tudo, na costa do mundo de frente pro mar. Um laço fechado, sem nó nem nada. Nem lembro seu nome. Assumi o risco. Mas esperava o contrário. Não esperava que minha insegurança se transformasse em doença. Doença que alaga o espírito e sai pelos olhos. É sonoro, é real. Tristeza. Não é algo que possa entender trazendo para dentro de mim em uma tragada. É muito mais. É algo ilusório. Algo que descontrola. É essa a palavra. DESCONTROLE. Os atos, decisões e falhas, todas descontroladas. De gota em gota descem, de dia em dia passam e perdem o peso. As lágrimas. Não posso dizer, nem mesmo você, o que deu errado? Nada deu errado, as coisas apenas seguem seu caminho natural. De passo em passo, o destino chega, o inesperado já é presente. Falso, não é. E nem nunca foi. Eu penso isso agora. Os dias passam e o dia chega. Me jogo em fim de costas. Lembrei seu nome: Esperança. O sobrenome? Sem fim.
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